sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A FARSA DA NOVA REPÚBLICA ACABOU!



Na última quarta-feira (31/08/2016), o Estado Democrático de Direito da República Federativa do Brasil foi ferido de morte, ao ser confirmado o "impeachment" por 61 senadores golpistas em um dos registros mais espúrios, sórdidos e hediondos da sua história.

A presidenta legitimamente eleita com o voto de mais de 54 milhões de brasileiros e brasileiras, sem que exista contra ela qualquer comprovação de corrupção e/ou crime de responsabilidade, foi impedida de seguir governando o país graças a dezenas de representantes do povo com inúmeras condenações, acusações de corrupção e respondendo a processos por atos ilegais. 

Tal escárnio iniciado na Câmara dos Deputados sob a égide do então presidente da casa, o deputado Eduardo Cunha, do qual pesam seríssimas acusações e comprovações de corrupção, e depois no Senado sob a égide do presidente Renan Calheiros que também possui inúmeras denúncias de práticas ilícitas, tornou todos os que votaram a favor dessa inclassificável ação cúmplices (relembre os nomes de cada um: 367 GOLPISTAS DA CÂMARA e 55 GOLPISTAS DO SENADO). 

O judiciário, também não podia deixar de participar dessa ignomínia se omitindo com relação às inúmeras ilegalidades existentes no caso, fazendo com que o rito do impeachment fosse seguido à risca para vender a ideia de que se tratou de um processo legal, que respeitou a Constituição Federal. Um escândalo para o Supremo Tribunal Federal que, como outrora, reafirma seu perfil irresponsável e conivente com os golpistas.

Diante desse nefasto cenário, claro está que a conhecida redemocratização ocorrida após a ditadura nunca passou de uma grande falácia. A nova República bem como a carta cidadã nunca passaram de meros servidores dos podres, conservadores e velhos donos deste país.

Urge a luta e resistência no sentido de construir uma nova Constituição com a efetiva participação de todos os setores da sociedade para que possamos iniciar, verdadeiramente, o caminho da consolidação da democracia.

Não se pode coadunar com os conservadores, entreguistas e golpistas brasileiros. Deles só é possível esperar o interesse pelo lucro pessoal, pela manutenção do poder sob ideologias da manutenção da desigualdade de classes, e do Estado mínimo com a maquiagem de humanistas e democratas realizada, especialmente, por seus parceiros donos dos meios de comunicação de massa.

Diante disso, os Advogados para a Democracia clamam para que a população, consciente da gravíssima situação em que o Estado Brasileiro se encontra, siga resistindo e se fortalecendo contra a atitude vil dos calhordas que asfixiaram a nossa jovem democracia que ensaiava engatinhar.

Há de surgir o pertencimento histórico em cada um dos brasileiros e brasileiras através da participação direta e efetiva nos necessários processos de mudanças em nosso país.

Aproveitamos para elencar, abaixo, os nomes dos que votaram em defesa da democracia bem como dos seus covardes algozes. 

SIM (a favor do golpe)
Acir Gurgacz (PDT-RO)
Aécio Neves (PSDB-MG)
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
Alvaro Dias (PV-PR)
Ana Amélia (PP-RS)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Cristovam Buarque (PPS-DF)
Dalirio Beber (PSDB-SC)
Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Dário Berger (PMDB-SC)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Eduardo Braga (PMDB-AM)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE)
Fernando Collor (PTC-AL)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Gladson Cameli (PP-AC)
Hélio José (PMDB-DF)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jader Barbalho (PMDB-PA)
João Alberto Souza (PMDB-MA)
José Agripino (DEM-RN)
José Aníbal (PSDB-SP)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Medeiros (PSD-MT)
Lasier Martins (PDT-RS)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Omar Aziz (PSD-AM)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Reguffe (sem partido-DF)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Ricardo Franco (DEM-SE)
Roberto Rocha (PSB-MA)
Romário (PSB-RJ)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Rose de Freitas (PMDB-ES)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tebet (PMDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Telmário Mota (PDT-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Vicentinho Alves (PR-TO)
Waldemir Moka (PMDB-MS)
Wellington Fagundes (PR-MT)
Wilder Morais (PP-GO)
Zezé Perrella (PTB-MG)

NÃO (contra o golpe)
Angela Portela (PT-RR)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Elmano Férrer (PTB-PI)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
João Capiberibe (PSB-AP)
Jorge Viana (PT-AC)
José Pimentel (PT-CE)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Otto Alencar (PSD-BA)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-PA)
Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
Regina Sousa (PT-PI)
Roberto Muniz (PP-BA)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

Luto para nós é verbo!

COLETIVO ADVOGADOS PARA A DEMOCRACIA

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